terça-feira, 31 de março de 2009

Relatos dos cursistas sobre o Gestar II Língua Portuguesa

Ao término da análise do livro TP 3 ( livro de teoria e prática) foi solicitado aos professores cursistas um relatório apresentando suas considerações sobre o Programa Gestar II de Língua Portuguesa, ministrado pelas formadoras Maria dos Prazeres e Joselma. Entre os que foram recebidos, destacamos os três a seguir:

RELATÓRIO 1:

“ Nós professores não podemos mais simplesmente dar as costas aos avanços sobre a linguagem. Este curso tem provocado em mim o desejo de aprimorar meus conhecimentos sobre gêneros textuais. A troca de experiência com outros colegas durante as apresentações das oficinas tem sido de grande valor. As orientadoras tem conseguido passar conhecimentos de forma prática, com segurança e linguagem acessível e dessa for vem viabilizando nossa compreensão.”

Fabielena Vagueiro

RELATÓRIO 2:
“ O referido estudo foi profícuo a todos que lá estavam. As formadoras Maria dos Prazeres e Joselma, dissecaram sobre gêneros textuais, apontando pontos importantes sobre o assunto. Em determinados momentos aconteceram debates interativos sobre heterogeneidade tipológica onde foi esclarecido diversas dúvidas, como também apresentadas inovações a cerca do assunto. Em dado momento foi exposta uma imagem para ser feitas diversas leituras dentro das tipologias textuais. Na reunião, houve pontos positivos como o domínio e a segurança para ministrar os conteúdos em estudo; o empenho dos professores em formação quando apresentaram os trabalhos aplicados em sala de aula.
No geral, o curso é de grande valor, enaltece o conhecimento do professor em formação, para melhor aplicação dos ensinamentos em sala de aula, inovando a didática no trabalho com o aluno. ”

Gilvanete Coelho
Luziana Reis Castro





RELATÓRIO 3:
“ Ao participar do Programa Gestar, posso ressaltar pontos positivos e negativos.
Com relação aos positivos, percebo que esse programa dá condições aos professores de explorar e estudar diversos textos com mais eficiência. Podemos também conhecer as dificuldades dos outros professores, e em conjunto, discutir, planejar e realizar uma prática que se concretize no desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.
Sobre os pontos negativos, observo uma angústia por parte de alguns cursistas, devido ao prazo de realização e conclusão das oficinas, pois sabemos que imprevistos surgem, e cada sala, e até mesmo cada escola tem a sua realidade e os seus entraves. Também, nos encontros, há muito conteúdo a ser explorado e discutido em poucas horas de estudo.
Contudo, espero que esses momentos de estudo contribuam para ampliar meus conhecimentos sobre os gêneros textuais e que melhores resultados sejam perceptíveis na aprendizagem dos alunos.”

Francisca Risomar Cordeiro de Sena Santos.

Os relatórios permitem-nos avaliarmos o nosso trabalho como formadores e também a aceitabilidade da formação em serviço.
Estou feliz, pois se percebe que grande parte dos educadores busca o aperfeiçoamento profissional e o mais importante, está preocupado com a aprendizagem dos alunos.

sábado, 21 de março de 2009

FOTOS DO II ENCONTRO COM OS PROFESSORES CURSISTAS DO GESTAR EM PETROLINA


MOMENTO DE ANÁLISE DAS UNIDADES 11 E 12 DO TP3







MOMENTO FINAL DA II OFICINA - CONCLUSÃO DA ANÁLISE







MINHA INTERAÇÃO COMO FORMADORA NOS GRUPOS



SOCIALIZAÇÃO DOS RELATÓRIOS DAS OFICINAS APLICADAS



ATENÇÃO AO QUE ESTAVA SENDO EXPOSTO E PROPOSTO.

II oficina do Gestar em Petrolina/PE

Falar sobre gêneros textuais parece ser um discurso antigo/ ultrapassado, mas como o próprio Marcuschi diz: “O estudo dos gêneros não é novo. O que hoje se tem é uma nova visão do mesmo tema.” E foi partindo desse principio, que os cursistas, na 2ª oficina do Gestar II de Língua Portuguesa, tiveram a oportunidade de expor seus conhecimentos acerca da diversidade textual e perceber que na maioria das vezes, muitos de nós e até os livros didáticos fazem uma confusão do que seja gênero e tipo de texto.
O que mais me deixou feliz nessa oficina, foi à naturalidade em que nossos cursistas fizeram a exposição de suas concepções sobre gêneros e sequencia tipológica, e o relato de suas experiências no desenvolvimento da oficina na escola a partir da 1ª oficina do Gestar.
Posso afirmar que estamos com um grande número de professores comprometidos com a educação, que objetivam nessa formação continuada em serviço, uma oportunidade de enriquecer seus conhecimentos pedagógicos e aplicá-los em sua(s) sala(s) de aula.
É importante salientar ainda, que nesse encontro houve uma maior interação entre os cursistas e formadores, e discussões pertinentes sobre heterogeneidade tipológica, hibridismo e sobre o ponto de vista de Marcuschi e de Travaglia a respeito do tema “Gêneros e tipos textuais”. Após o momento discursivo, os professores cursistas, em grupo, analisaram as unidades 11 e 12, do TP3 e selecionaram uma das oficinas para ser colocada em prática na sala de aula, fazendo as adequações necessárias à realidade de sua turma.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Ninguém confunde carta de amor com narração de futebol - Heloisa Amaral


Em nosso dia-a-dia, quando lemos ou ouvimos gêneros discursivos mais frequentes no cotidiano, os reconhecemos na hora. É esse reconhecimento que nos permite a comunicação imediata em diferentes situações. Outros gêneros, mais distantes de nossos domínios diários de comunicação parecem estranhos ao ouvido e, para compreendê-los melhor, precisamos examiná-los, usar dicionários, quase como se estivéssemos tratando com uma língua estrangeira.
Um exemplo de gênero bem conhecido é a carta de amor. Embora cada uma tenha suas particularidades — dependendo de quem escreveu, em que época escreveu ou para quem escreveu — quando lemos cartas de amor sabemos de que gênero se trata porque todas têm semelhanças gerais entre si. Isso ocorre porque as pessoas que escrevem esse gênero estão numa situação de comunicação cujos elementos se repetem: há alguém afetivamente interessado em alguém, que espera que a pessoa objeto de seu interesse tome conhecimento de seus sentimentos por meio da carta.
Outro exemplo de gênero textual bastante conhecido, desta vez oral, é a narração de um jogo de futebol pelo rádio. Enquanto torcedores ansiosos acompanham, um narrador descreve e comenta os lances da partida, estabelecendo um vivo diálogo com o ouvinte. Podemos afirmar que esse diálogo é entre conhecedores do esporte. O narrador precisa conhecer bastante de futebol, e os torcedores, por sua vez, devem ter conhecimentos suficientes da área futebolística para entender a narração que o locutor faz.
Essa narração, para cumprir as finalidades de comunicar a quem ouve as emoções e as particularidades do jogo, tem que descrever as posições dos jogadores em sua movimentação pelo campo em tempo real, o que determina que o narrador fale mais depressa quando os lances são mais rápidos. A voz do narrador ganha maior ou menor emoção conforme os lances da partida. Se a bola se aproxima do gol ou um jogador perde um lance, a tensão dos momentos é revelada em seu tom de voz.
Entre os aspectos que identificam um gênero está o “tom”, ou seja, certa musicalidade própria, e o ritmo da fala. Esses elementos são fortes pistas para que ninguém confunda carta de amor com narração de jogo de futebol.
Os infinitos gêneros textuais, todos os existentes, assemelham-se nesses aspectos: são formas de linguagem que têm elementos mais ou menos estáveis para que as pessoas possam recorrer a eles para se comunicar, entre eles tom e ritmo. Esses elementos tornam-se estáveis e reconhecíveis nos gêneros porque vão se confirmando a cada vez que são produzidos. Isso acontece porque gêneros discursivos são produtos de situações de comunicação parecidas, em áreas de conhecimento ou experiência humana semelhantes.
Voltando aos exemplos acima, cada vez que alguém narra, em qualquer época, um jogo de futebol vai ter que se submeter aos acontecimentos que narra, ao conhecimento das regras do futebol, ao objetivo da comunicação (que é manter o público interessado informado sobre o que acontece no campo), ao tempo pré-determinado em que o jogo acontece, aos lances mais ou menos emocionantes da partida. Isso dá estabilidade a elementos do gênero, como tom e ritmo, por exemplo.
Mas, se alguns elementos do gênero são estáveis, outros não. No caso da narração de futebol, podemos sentir a diferença entre a modalidade transmitida pelo rádio e a transmitida pela TV. No segundo caso, a rapidez característica da transmissão radialística desaparece. O ritmo rápido não é necessário porque o narrador, na TV, compartilha imagens com o expectador, não tem necessidade de descrever minúcias. Com isso, criam-se oportunidades para alguém fazer comentários, dialogando com o narrador e com o público que observa os lances da partida.
Teste seus conhecimentos:Que nome se dava, na década de quarenta e cinquenta, aos goleiros? E aos jogadores da defesa? Como se chamava o escanteio?Além dessas, você se lembra de outras palavras que mudaram nas narrações de futebol?
Outra coisa que muda com o tempo é o vocabulário (o nome que se dá aos jogadores nas diferentes posições, o nome dos espaços na quadra), que se atualiza continuamente.
Na carta de amor, também há mudanças relacionadas com a época, embora a situação de comunicação em que são escritas seja semelhante ao longo do tempo. Veja um trecho de “Cartas de amor” , de Eça de Queiroz:

“Por isso o meu amor tinge esse sentimento indescrito e sem nome que a Planta, se tivesse consciência, sentiria pela luz.
E considere ainda que, necessitando de si como da luz, nada lhe rogo, nenhum bem imploro de quem tanto pode e é para mim dona de todo bem. Só desejo que me deixe viver sob essa influência, que, emanando do simples brilho das suas perfeições, tão fácil e docemente opera o meu aperfeiçoamento. Só peço esta permissão caridosa. Veja pois quanto me conservo distante e vago, na esbatida humildade de uma adoração que até receia que o seu murmúrio, um murmúrio de prece, roce o vestido da imagem divina...
Mas se a minha querida amiga por acaso, certa do meu renunciamento a toda a recompensa terrestre, me permitisse desenrolar junto de si, num dia de solidão, a agitada confidência do meu peito, decerto faria um ato de inefável misericórdia como outrora a Virgem Maria quando animava os seus adoradores, eremitas e santos, descendo numa nuvem e concedendo-lhes um sorriso fugitivo, ou deixando-lhes cair entre as mãos erguidas uma rosa do paraíso”
Certamente as cartas de amor atuais (ou e-mails de amor) não usam a mesma linguagem, mas com certeza são escritos por uma pessoa apaixonada, para o objeto de sua paixão ler, com a finalidade de contar, à distância, o quanto ama e precisa dessa pessoa, objeto de amor. E por que à distância? Por que alguns sentem a necessidade de escrever suas juras de amor e não declará-las pessoalmente? Boas perguntas para levar à sala de aula e provocar uma discussão sobre gêneros de discurso...
Assim como nas duas situações exemplificadas até aqui, cada uma das inúmeras situações de comunicação que ocorrem no dia-a-dia exige gêneros próprios para acontecer. E, retomando, se forem situações que acontecem em circunstâncias parecidas, elas marcarão o gênero que nelas ocorre com expressões próprias e darão a cada um deles um “tom” muito particular.
Os exemplos são infinitos: todos os gêneros médicos, como as receitas, os pedidos de exame, os artigos científicos etc.; os jurídicos, como as leis, as petições, os discursos da defesa e da acusação etc.; os esportivos, como narrações de jogos, tabelas de campeonatos, crônicas esportivas etc.; os jornalísticos, bastante conhecidos; os gêneros escolares, como a dissertação, as questões de provas, as atividades que se seguem à leitura de textos, as comunicações escola/família etc.; os científicos, com particularidades em cada área de conhecimento; os técnicos, como os da informática e todas as demais possibilidades de comunicação humana. Se há comunicação, diálogo entre pessoas, há gênero.
Assim, os gêneros textuais, como você pôde ver pelos exemplos, são a língua viva, a língua tal como ocorre em situações de comunicação social, sejam essas situações mais formais ou menos formais. Compreender língua e linguagem por essa perspectiva muda radicalmente o que se pensa sobre seu ensino. Em vez de práticas de memorização, treinamento motor e uso do texto como pretexto para ensinar gramática, o que se procura é fazer com que os alunos compreendam a situação de produção dessas linguagens na sociedade e as particularidades que os gêneros de textos adquirem por estarem ligados a diferentes situações de comunicação e a diferentes áreas de produção de conhecimento.
Nós, do Escrevendo o Futuro, entendemos que para ensinar língua, leitura e escrita não podemos prescindir dos gêneros de discurso. Depois de ler este texto, você pode ver que há fortes razões para isso: os gêneros são o espaço onde há língua acontece, os resultados das diferentes e inúmeras situações de comunicação nas quais as pessoas se envolvem.
Um bom modo de fazer com que os alunos aprendam diferentes gêneros textuais é planejar sequências didáticas para seu ensino, como é demonstrado nos fascículos do Escrevendo o Futuro: Pontos de Vista, Poetas da Escola e Se bem me Lembro...
As sequências didáticas devem esclarecer quais são os elementos próprios da situação de comunicação em questão, levar o aluno a ter contato com exemplares variados do gênero e exercitá-lo no domínio de suas particularidades, para que sua produção escrita seja o mais próxima possível do gênero textual escolhido.
Etapas das sequências didáticas
1. Apresentação da proposta de trabalho com um gênero de discurso, sempre associada a questões de interesse dos alunos.
2. Partir do conhecimento prévio dos alunos
3. Estabelecer contato inicial com o gênero textual em estudo.
4 Propor a escrita de um texto no gênero, como forma de diagnosticar o que os alunos sabem sobre ele e o que ainda precisa ser aprendido.
5. Ampliação do repertório, com leitura e análise de vários textos do gênero escolhido.
6. Organização e sistematização do conhecimento: estudo detalhado dos elementos do gênero, suas situações de produção e circulação
7. Produção de um texto coletivo, com a participação do professor como escriba, para tornar o gênero e seus elementos um conteúdo partilhado pela classe.
8. Produção individual de um texto o mais próximo possível do gênero estudado.
9. Revisão e reescrita do texto individual, respeitando elementos do gênero, coesão e coerência a correção ortográfica e gramatical.
Encontre Cartas de Amor, de Eça de Queiroz, em Domínio Público
Publicado em: 17/08/2006

quinta-feira, 12 de março de 2009

Primeira oficina - Um sufoco!

Dia 05/03, numa quinta-feira, aconteceu o primeiro encontro com os professores cursistas e os professores formadores. Embora tivéssemos planejado uma excelente oficina, não obtivemos um bom resultado no referido encontro, isso porque tivemos que trabalhar em dupla, numa sala apertada, com um número mínimo de 64 cursistas por turma, onde o ambiente tinha pouca ventilação e a claridade impedia uma melhor visualização dos slides. Trabalhei com a minha amiga joselma e imagine o sufoco que passamos. Até o registro fotográfico foi esquecido por nós, acredita nisso?
Porém tentamos transmitir de maneira clara e objetiva o que tínhamos aprendido na primeira formação.
Diante do que foi exposto, ou seja, da nossa avaliação, buscamos encontrar soluções para que no próximo encontro seja diferente. Assim, a diretora da UDE – da GRE Petrolina/PE, conseguiu mais três salas, o que facilitará o nosso trabalho. A próxima oficina está marcada para o dia 19/03.

Fotos do primeiro encontro com os nossos cursistas


Muitos professores estavam atentos à apresentação do Programa Gestar Português II




As " primas de Marcuschi" realizando sua apresentação individual.


Vilani proferindo seu discurso. Adoro essa menina demais. Pense!


Felizes da vida ao término da apresentação do Programa Gestar II
( Perpétua, Isva, Diza e eu)

terça-feira, 3 de março de 2009

FOI UM SUCESSO!

O primeiro encontro dos professores formadores do Gestar II Português com o s professores cursistas, aconteceu no dia 19/02/2009, no Centro de Convenções de Petrolina/PE e foi encantador.
A diretora da UDE, da GRE-Petrolina: Isva Modesto em conjunto com as demais formadoras, organizaram a apresentação do programa Gestar II – Língua Portuguesa, de forma dinâmica e bem descontraída.

Houve momento de:
· Acolhimento: café da manhã e entrega do material para os cursistas;
· Solenidade: abertura com Hino de Pernambuco e discurso da diretora da GRE/Petrolina, Anete Ferraz;
· Apresentação das formadoras e das propostas do Programa Gestar;
· Questionamentos.

Na ocasião, cada formadora falou sobre as suas expectativas e a sua função na Formação contiuada em serviço, e foram muito aplaudidas pelos seus colegas (futuros cursistas) em reconhecimento a sua valorização na rede de ensino.
Em suma, foi um sucesso esse primeiro contato.


PRÓXIMO DIA 05 DE MARÇO SERÁ A PRIMEIRA OFICINA.