segunda-feira, 19 de julho de 2010

EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE MÉTODO QUE CONDUZ A APRENDIZAGEM*

                                                                                                                              Jocilene Ferreira Lima**



RESUMO

Este artigo, de caráter bibliográfico, apresenta nos estudos da Epistemologia Convergente, elencados por Jorge Visca (1935-2000), que a aprendizagem do ser humano dar-se desde o seu nascimento e esta é ininterrupta e que, a teoria criada por esse psicopedagogo argentino fundamenta - se na assimilação recíproca das contribuições das escolas piagetianas, psicoanalíticas e da psicologia social. A análise busca apresentar não só compreender o porquê de o sujeito não aprender alguma coisa, mas o quê ele pode aprender e como.. Em linhas gerais, o artigo fornece uma visão critica/reflexiva não somente da ideia do próprio autor como de autores influenciados por Jorge Visca. E fornece subsídios para o trabalho construtivo onde visa resgatar a identidade profissional.

Palavras - chave:  Epistemologia Convergente, aprendizagem e



INTRODUÇÃO

A Epistemologia convergente é uma linha teórica, criada pelo psicopedagogo argentino Jorge Visca (1935-2000), que propõe um trabalho clínico utilizando-se da confluência das três linhas: A Psicogenética (Piaget), a Psicanálise (Freud) e a Psicologia social (Enrique Pichon Riviere) onde, apresenta uma dimensão clássica de clínica, propondo diagnóstico, tratamento corretor e prevenção.

Para Visca (1987), a aprendizagem depende de uma estrutura onde envolva o cognitivo/afetivo/social, nas quais estas sejam indissociavelmente ligadas a alguns aspectos desses três elementos. Sendo assim, a inteligência vai se construindo a partir da interação do sujeito e as circunstâncias do meio social.

social (Enrique Pichon Riviere), onde apresenta uma dimensão clássica de clínica, propondo diagnóstico, tratamento corretor e prevenção.

A partir dessas três linhas, estuda-se a aprendizagem e seus problemas onde se caracteriza por ser uma visão incorporada do conhecimento.

Mas o que é a aprendizagem? De que forma acontece?

Podemos mencionar que, existe um número bastante grande de teorias da aprendizagem. Teorias estas que parte da idéia de que os indivíduos têm diferentes formas de perceber e de processar a informação o que implica nos processos de aprendizagem. Para Dubois(1994) a aprendizagem é uma ação continuada da qual se criam novas representações que podem ser reveladas , no sentido em que idéias já prontas podem ser propostas aos sistemas inteligentes , que as incorporam.

Na visão de Visca (1987), a aprendizagem depende de uma estrutura onde envolve o cognitivo/afetivo/social, nas quais estas são inseparavelmente ligadas a alguns aspectos desses três elementos. Dessa forma, a inteligência iria se construindo a partir da ação mútua do sujeito e as particularidades do meio social.

No seu ponto de vista bastante clínico,e aludindo-se muito a Piaget, Freud, Pichon e suas Epistemologias, Visca é capaz de mostrar que a aprendizagem é vital na edificação das idéias. Que para aprender a pensar socialmente é indispensável à orientação do condutor e o contato do aprendiz com outros de si.

AS TRÊS TEORIAS CONDUTORAS DA EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

Teoria Psicogenética

De acordo com a teoria psicogenética (Piaget¹), a idéia de aprendizagem é construída nas estruturas cognitivas onde esta é como um mapa mental interno no qual os conceitos são construídos pelo individuo para compreender e responder às experiências que decorrem dentro do seu meio envolvente.

Piaget dividiu o desenvolvimento humano em quatro estágios que são vividas de acordo com cada sujeito:

1. Estágio da inteligência sensória motora (até os dois anos) – A criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos físicos que as rodeia.

2. Estágio da inteligência simbólica ou pré-operatória (de 2 a 8 anos) – A criança busca habilidades verbal.

3. Estágio da inteligência operatória concreta (de 7-8 a 11-12 anos) – A criança lida com conceitos abstratos,números e relacionamentos.

4. Estágio da inteligência operatória formal (12 anos a 14-15 anos) – A criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente.

Reportando-se a Piaget, Visca (apud Pinel e Colodete 2004), compreende que o desenvolvimento humano dividiu-se em quatro níveis:

* Primeiro nível – corresponde à inteligência sensório-motora. Nesse nível a criança constrói um conjunto de “esquemas de ação” que lhe permite compreender a realidade e a forma como esta funciona.

* Segundo nível – inteligência pré-operatória. A criança é competente ao nível do pensamento representativo, mas precisa de operações mentais que ordene e organize os seus pensamentos.

* Terceiro nível – inteligência operatória concreta. As experiências físicas e concretas se acumulam e a criança começa a estruturar lógicas para explicar as experiências sem abstração.

* Quarto nível- inteligência formal ou hipotética dedutiva, a criança atinge o raciocínio abstrato, conceptual levantando hipóteses sendo capaz de pensar cientificamente.

Assim, através do estudo minucioso de Piaget são aplicados diagnósticos, provas operatórias, exames clínicos que verifica o nível de aprendizagem em que o sujeito se encontra, pois como afirma Visca (1991), ninguém pode tornar-se capaz de aprender algo acima do nível de estrutura perceptiva que demonstra.

O desenvolvimento cognitivo, não se respalda apenas no aspecto psicogenético. Na Epistemologia Convergente, os elementos afetivos e sociais também possuem uma grande importância no desenvolvimento/aprendizagem do ser humano.



Teoria Psicanalítica

Na visão teórica psicanalítica Freud² (1856-1939), dois sujeitos podem ter o mesmo nível cognitivo e distinto em relação a um objeto, mas aprenderão de forma diferente, pois a personalidade é inigualável. Conhecer o ser humano, o modo como este se conhece, seu objeto de desejo, impulsos e valores, dá um significado maior ao vínculo e a relação com o individuo.

Para Visca, a psicanálise revela a importância das relações afetivas e dos vínculos-bons ou maus estabelecidos pelo aprendiz estando diante do objeto de aprendizagem.



Teoria da Psicologia Social

E com o olhar na teoria da psicologia social (Enrique Pichon Riviere³) o enquadramento, cujo significado seria possibilidade de pensar/sentir/agir, parte dos quatros conceitos: Logística, estratégias, táticas e técnicas. Visca (1987) sugere trabalhar-nos-enquadres-com constantes de tempo, espaço, tarefas, honorários para  que o movimento do aprendiz possa ser observado e para que o terapeuta possa ter meios de ação e sugira a superação da dificuldade. Assim, o enquadramento facilita a transição de um tempo e um espaço próprio, partindo do princípio do prazer.



CONTRIBUIÇÕES DAS TRÊS TEORIAS NO ENSINO/APRENDIZAGEM



Partindo da assimilação das três teorias, Visca (apud Máximo 2000), construiu uma proposta de diagnóstico e sua correspondente de processo interventor ou corretor. Nesse processo, propõe buscar através da relação entre o aprendiz e o agente corretor, a cooperação entre ambos que nasce a possibilidade de superação das dificuldades.

Nesse contexto a Epistemologia Convergente, pode Ser compreendida como um condutor teórico/prático a visão que pode superar as teorias inatistas.

Para Visca (1999) a Epistemologia traz desafios para o “Terceiro Milênio”: É necessário aperfeiçoar os resultados alcançados pela definição, mais inclusiva e profunda do seu objeto de estudo/ aprendizagem e os recursos diagnósticos, a abordar as eventuais provocações do futuro.

A epistemologia convergente dentro de uma perspectiva integradora de três teorias possibilita ao educador/ (psico) pedagogo/psicólogo a refletir sobre as mais diversas causas dos problemas que aparecem no decorrer da aprendizagem e do ensino.

Estudando a aprendizagem e os seus problemas a partir dessas três linhas, Visca nos remete a perceber que a aprendizagem depende do organismo, pois a pessoa aprende com ou sem professor ou educação se este estiver livre e solto; assim, o próprio ambiente é quem transforma e controla o sujeito mesmo este não tendo história alguma.

Em Visca, compreendemos que cada contexto oferece diferentes crenças, conhecimentos, atitudes e habilidades. Desse modo, o pensar, o refletir e o agir sobre os problemas que se manifesta torna-se imprescindível para a construção social e histórica da identidade profissional.

Pensar nos diferentes enfoques teórico como: Transferência, contratransferência e resistência baseadas na psicanálise; raciocínio clinico, as etapas universais de idade cronológica, a compreensão do erro vindas da psicogenética e a aprendizagem centrada na tarefa e grupos operativos da Psicologia social fornecem muitos subsídios para o trabalho e construção da sociedade e sua história. Além, de defender que a melhor forma de transmissão de aprendizagem acontece não só na escola, mas também no sujeito. Afinal como ressalta Visca:

 “... quando se fala de psicopedagogia clínica, se está fazendo referência a um método com o qual se tenta conduzir à aprendizagem e não a corrente teórica ou escola. Em concordância com o método clínico podem-se utilizar diferentes enfoques teóricos. O que eu preconizo é o da epistemologia convergente” (1987, p.16).


         Nesse sentido, a ação se inicia a partir do momento em que teóricos abriram-se a outros meios de sentir/pensar/agir o processo ensino-aprendizagem.

Como diz Pinel (2000), a disposição opõe-se ao preconceito, impondo modéstia de compreender o processo ensino/aprendizagem como um lugar de união de diferentes jeitos de tratar o fenômeno da escolaridade e de suas complicações.

Portanto, a vida em sociedade é fundamental para a construção do conhecimento. A teoria da Epistemologia Convergente nos leva a perceber que a aprendizagem direciona a vida e mostra as possibilidades de ser feliz.



CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos estudos realizados sobre a Epistemologia Convergente, criado por Jorge Visca, o ser humano aprende sem interrupção do seu nascimento em diante. A teoria fundamenta-se na união das contribuições das escolas piagetianas, psicanalíticas e da psicologia social. O que nos leva a compreender que a aprendizagem não pode ser considerada como objeto científico, deve ser estabelecida como uma solicitação que a explique, para isso merece a preparação de todos que atuam e se relacionam com as modificações a serem operadas na personalidade humana.

O estudo nos leva a perceber que somos responsáveis em detectar se as situações podem ou não estar influenciando o processo de aquisição da aprendizagem, que um olhar amplo e focado nas dificuldades ajuda a diagnosticar as possíveis causas.

Este artigo oferece novos conhecimentos que nos darão oportunidades para o nosso crescimento como futuros psicopedagogos e um novo olhar mediante a melhor forma de transmissão de aprendizagem observando que esta não acontece somente na escola, mas também, no sujeito nos quais devem ser valorizados todos os aspectos desde o intelectual, afetivo e o emocional.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CARVALHO, Maria Cecília (org.) Metodologia Científica, Fundamentos e Técnicas - Construindo o Saber. 6ª edição.Campinas,SP:Papirus,1997.

DUBOIS, Daniel. O labirinto da inteligência. Da inteligência Natural à inteligência Fractual:Lisboa:Instituto Piaget,1994.

MÁXIMO, Maria Rosa Sancho Moreira. Da sala de aula à psicopedagogia Clínica.2000.Disponível em:acesso em: 30 de jun 2010.

MELHORAMENTO, Dicionário: Língua Portuguesa - São Paulo: Editora Melhoramentos. 2006.

PINEL, Hiran; COLODETE, Paulo Roque. Abordagem da Epistemologia Convergente:Uma abordagem nascida no movimento da Psicopedagogia Argentina de Jorge Visca. 2004. Disponível em:acesso em:29jun2010.

VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica – Epistemologia Convergente,Porto Alegre,Artes Médicas,1987.

VISCA, Jorge. Psicopedagógica: Novas Contribuições:Nova Fronteira,1991.

VISCA, Jorge. Artigo:Os Caminhos da Psicopedagogia no terceiro Milênio,1999.






Artigo-2010

* Texto elaborado a partir do resumo da obra de Jorge Visca “A Clinica Psicopedagogica: Epistemologia Convergente”, Trad. PINEL, Hiran; COLODETE, Paulo Roque. Abordagem da Epistemologia Convergente: Uma abordagem nascida no movimento da Psicopedagogia Argentina de Jorge Visca. 2004. ** Pós-graduanda em Psicopedagogia Clínica e Intitucional Pelo Centro de Pós – graduação e Extensão Universitário – CEU – Unidade Superior do Brasil - UNIESB.




                                


quarta-feira, 10 de março de 2010

PROJETO: ÉTICA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS: COMO COMBATER O BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR.

JUSTIFICATIVA
Quem já não recebeu um apelido ofensivo na escola? Ou mesmo sofreu na mão de um grupo de colegas brincadeiras de mau gosto no colégio? Exemplos não faltam. Práticas como essas estão bastante freqüentes nas escolas, possibilitando a falta de ética que nessa perspectiva podemos considerá-la como princípios, visto que, os seres humanos merecem respeito de seus semelhantes. Para professora Mestra Maria de Lourdes Barros, “a quebra ou ausência desse “clima ético” tem gerado nas escolas um fenômeno que se convencionou chamar de ‘bullying’ ”. Embora o termo bullying seja uma palavra inglesa e signifique valentão, brigão, ela não se refere apenas as agressões físicas, como: bater, empurrar, causar ferimentos etc, também se refere a agressões morais e psicológicas, tais quais: humilhações, zombarias, grosserias entre outras atitudes que causam constrangimentos as pessoas que sofrem esse tipo de violência.
O bullying é praticado em 100% das escolas de todo o mundo. Na maioria das vezes, ele é visto como brincadeira própria do amadurecimento da criança. Mas é devido a essa interpretação equivocada que a prática vem se alastrando cada vez mais.
Embora no Brasil esse tema seja pouco discutido nas escolas, existem alguns estados que iniciaram estudos e trabalhos voltados para o supracitado tema, entre eles São Paulo e Paraíba.
Diante do que foi exposto, pensou-se em desenvolver um projeto pedagógico com a finalidade de: a) Conversar com as turmas sobre o assunto, discutindo sobre a necessidade de se respeitarem as diferenças de cada um; b) refletir com eles sobre como deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e respeitados.

OBJETIVO GERAL:
Combater o bullying através de ações interdisciplinares que possibilitem a mudança de atitudes dos alunos que o praticam dentro da instituição escolar, reduzindo dessa forma o número de violência física, moral e psicológica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Promover debates sobre Bullying nas classes;
· Estimular os estudantes a fazerem pesquisas sobre o tema na escola;
· Produzir cartazes com resultado da pesquisa feita na escola;
· Criar regras de disciplina para suas próprias classes;
· Permitir que os alunos busquem soluções capazes de modificar o comportamento e o ambiente.
· Participar junto com a escola da busca de soluções quando ocorrer casos de bullying;
· Ler e compreender textos verbais e não-verbais sobre o tema bullying;
· Produzir diversos gêneros textuais abordando o tema bullying, entre eles: paródias, peças teatrais e artes visuais;
· Socializar os trabalhos desenvolvidos em sala de aula;

METODOLOGIA:

1º MOMENTO
* Será realizado a avaliação prévia do conhecimento do aluno sobre o tema “bullying”, através de questionamento informal:
-Você já ouviu falar sobre o bullying? Onde? Quando?
-Você sabe a origem dessa palavra? Por que ela é escrita dessa forma?
-Você já foi vítima de algum tipo de bullying?
- Você já parou para pensar que já pode ter sido foi autor de bullying?
*Após essa conversa informal, a turma será levada ao laboratório de informática para realização de pesquisas direcionadas:
- Origem do termo e seu significado.
-Uma conseqüência a partir da prática de bullying no ambiente escolar.

2º MOMENTO
* Será realizada num grande circulo a socialização da pesquisa realizada, com reflexões relativas ao bullying nas escolas.
* Realização de pesquisas na escola para obter dados sobre o quantitativo de pessoas que sabem identificar o bullying na escola entre elas: professores, funcionários da limpeza, secretária, técnicos escolares e alunos do Ensino Fundamental I e II.
* A pesquisa será realizada da seguinte forma:
- Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental realizarão a pesquisa na escola. Para que não haja repetições, a turma será divida em grupos de forma que, cada grupo fique responsável por um setor, ou seja, um grupo fará a pesquisa com professores, outro com funcionários da limpeza, outro com a 5ª A, outro com a 5ª B e assim sucessivamente.
- Os dados coletados serão repassados, organizadamente, para todas as turmas, desde o 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, para que cada sala construa um gráfico com o auxílio do professor de matemática, a partir dos dados coletados, em seguida, leiam e compreendam os resultados apresentados.
- Entre os gráficos produzidos, será selecionado um para a realização da exposição no pátio/mural da escola.

3º MOMENTO
* Serão levadas para sala várias imagens que abordam o tema bullying, para que cada grupo faça a leitura e interpretação o texto visual; logo após, será realizado discussões reflexivas sobre as possíveis conseqüências que podem surgir com esse tipo de violência na escola.
* Após o momento discursivo, cada grupo ficará responsável para a produção de um gênero textual (de acordo com a distribuição feita pelo professor): paródia, peça teatral, texto narrativo, texto argumentativo, crônica, pintura em tela, etc. Depois, com o auxilio do professor de Português, será realizada as correções gramaticais, ortográficas e estruturais.
* Os textos que tem características artísticas como as peças teatrais, paródias musicais e pinturas, deverão ser orientados pelo professor de artes.

4º MOMENTO
* Promover um debate regrado com o tema: Como deveria ser uma escola onde todos se sentissem felizes, seguros e respeitados?
* Diante do aprofundamento dos conhecimentos sobre bullying, cada turma organizará, coletivamente, com o auxílio do professor de Direitos Humanos/Direito e Cidadania, um cartaz com as regras de disciplina de sua turma, depois, essas regras deverão ser comparadas com as regras gerais da escola, para que não haja incoerências.

5º MOMENTO
*Será selecionado um dia para a socialização dos trabalhos produzidos.


RECURSOS:
*MATERIAIS
- Aparelhos audiovisuais;
- Textos xerografados;
- Cartolinas
- Papel oficio;
- Tesoura, cola, hidrocor, lápis, caneta, borracha, quadro branco, pincel
*HUMANOS
- Comunidade escolar : funcionários da escola e alunos

AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada continuamente através da participação efetiva do corpo discente nas atividades que possibilitam a verificação da aprendizagem sobre o tema abordado e também, através da observação da mudança de atitudes dos alunos e comunidade escolar em geral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARGERMON,Rafael – Bullying: Brincadeiras que ferem – Reportagem em 31/10/2008
BARROS, Maria de Lourdes da Silva – Direitos Humanos e ética na escola: breve análise do fenômeno “bullying”.
OLIBONI, Samara Pereira - O bullying como violência velada: a percepção e ação dos professores - Artigo

Be-a-Bá do bullying




O que é:
Bullying é um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos que são adotados por um ou mais alunos contra outros colegas, sem motivação evidente. Em princípio, pode parecer uma simples brincadeira, mas não deve ser visto desta forma. A agressão moral, verbal e até corporal sofrida pelos alunos provoca dor, angústia e sofrimento na vítima da "brincadeira", que pode entrar em depressão.

As principais formas de maus-tratos:

* Físico (bater, chutar, beliscar).* Verbal (apelidar, xingar, zoar).

* Moral (difamar, caluniar, discriminar).* Sexual (abusar, assediar, insinuar).

* Psicológico (intimidar, ameaçar, perseguir).

* Material (furtar, roubar, destroçar pertences).

* Virtual (zoar, discriminar, difamar, por meio da internet e celular).

* Sinais de que seu filho é vítima bullying

* Apresenta com freqüência desculpas para faltar às aulas ou indisposições como dores de cabeça, de estômago, diarréias, vômitos antes de ir à escola.

* Pede para mudar de sala ou de escola, sem apresentar movitos convincentes

* Apresenta desmotivação com os estudos, queda do rendimento escolar e dificuldades de concentração e aprendizagem.

* Volta da escola irritado ou triste, machucado, com as roupas ou materiais sujos ou danificados.

* Apresenta aspecto contrariado, deprimido, aflito, ou tem medo de voltar sozinho da escola.

* Possui dificuldades de relacionar-se com os colegas e fazer amizades.

* Vive isolado em seu mundo e não querer contato com outras pessoas que não façam parte da família.





O que fazer se o seu filho é vítima

* Observe qualquer mudança no comportamento.

* Estimule para que fale sobre o seu dia-a-dia na escola.

* Não culpe a criança pela vitimização sofrida.

* Transforme o seu lar num local de refúgio e segurança.

* Ajude a criança a expressar-se com segurança e confiança.

* Valorize os aspectos positivos da criança e converse sobre suas dificuldades pessoais e escolares.

* Procure ajuda psicológica e de profissionais especializados.

* Sinais de que seu filho pratica bullying.

* Apresenta distanciamento e falta de adaptação aos objetivos escolares.

* Volta da escola com ar de superioridade, exteriorizando ou tentando impor sua autoridade sobre alguém.

* Apresenta aspecto e/ou atitudes irritadiças, mostrando-se intolerante frente a qualquer situação ou aos diferentes aspectos das pessoas.

* Costuma resolver seus problemas, valendo-se da sua força física e/ou psicológica.

* Apresenta atitude hostil, desafiante e agressiva com os irmãos e pais, podendo chegar a ponto de atemorizá-los sem levar em conta a idade ou a diferença de força física.

* Porta objetos ou dinheiro sem justificar sua origem.

* Apresenta habilidades em sair-se de "situações difíceis".




O que fazer se o seu filho pratica bullying

* Observe atentamente o comportamento e os sentimentos expressos pela criança.

* Mantenha tranqüilidade e calma. Converse, objetivando encontrar os motivos que o levam a agir desta maneira.

* Reflita sobre o modelo educativo que você está oferecendo ao seu filho.

* Evite bater ou aplicar castigos demasiadamente severos. Isso só poderá promover raiva e ressentimentos. Procure profissionais que possam auxiliá-lo a lidar com esse tipo de comportamento.

* Dê segurança e amor.

* Incentive a mudança de atitudes. Um bom começo é pedir desculpas e deixar a vítima em paz.

* Não ignore o fato ou ache desculpas para as suas atitudes. Lembre-se que com o tempo esse comportamento pode conduzir a uma vida delituosa e infeliz.

* Procure a direção da escola ou ajuda de um conselho tutelar.

* Participe de projetos solidários propostos pela escola e incentive seu filho a participar.



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Olha que lindo e criativo!

CONVITE DA ESCOLA EDUARDO COELHO









CONVITE DA ESCOLA DOM MALAN














JORNAL PRODUZIDO PELOS ALUNOS DO 8º ANO, COORDENADO PELA PROFESSORA ANGELA LIBÓRIO


































Como é maravilhoso contemplar o resultado dos projetos!

Como formadora do Curso Gestar II em Língua portuguesa, tive a oportunidade de acompanhar belíssimos trabalhos pedagógicos desenvolvidos pelos professores cursistas da minha turma e digo a vocês, caros leitores, esses trabalhos estavam voltados para a construção de conhecimentos tanto dos educadores quanto dos educandos.
É importante informá-los que nas oficinas, por mim ministradas durante o ano de 2009, foi proposto aos professores cursistas que elaborassem um projeto que enfatizasse a leitura, a compreensão e a produção textual e que para torná-lo mais rico, convidassem professores de outras disciplinas para fazer parte do supracitado projeto.
Embora tenha acompanhado os professores de Língua Portuguesa de sete escolas de Petrolina/PE, destacarei, aqui, três delas, por eu ter vivenciado de perto a culminância dos projetos.
1 - A Escola Padre Luiz Cassiano, desenvolveu o projeto “Sertão, um rio, um povo e suas manifestações” .
De maneira bem criativa os professores de Língua portuguesa em conjunto com os demais professores de outras disciplinas, organizaram uma Gincana Cultural do Conhecimento, de forma que os alunos, divididos por equipes e auxiliados por um dos professores da escola, tiveram que realizar muitas pesquisas, leituras e produções de textos alusivas ao tema e apresentar num Show de Artes, na própria escola.
O resultado não poderia ser melhor, diante de tanta animação e de muito orgulho, os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio apresentaram: paródias musicais, pinturas, peças teatrais, poesias e danças e foram avaliados pelos seus professores durante todo o processo, ou seja, desde a distribuição das tarefas até o momento de apresentá-las a mesa de jurados (composta por profissionais/professores de outras escolas).













2 - A Escola Eduardo Coelho, desenvolveu o projeto “Chá Poético”, projeto esse que vem sendo vivenciado pelo corpo docente e discente da escola desde 2002, tornando-se um projeto permanente, tendo como finalidade desenvolver habilidades de escrita de diferentes gêneros textuais, trabalhando com a linguagem poética de maneira lúdica, de forma a criar um ambiente real de letramento por meio da interação entre leitores e leitoras.
Todos os anos a referida Escola convida um artista da nossa região para ser homenageado. Os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e do EJA (Educação de Jovens e Adultos), realizam pesquisas e muitas leituras a respeito das obras literárias desse artista e a partir da coleta de informações, cada turma com a participação de um professor, organiza uma apresentação cultural envolvendo as obras do artista convidado. No ano de 2009 as homenageadas foram “As Irmãs Nordestinas” que pela força e coragem enfrentaram o machismo de sua época para cantarem e tocarem sanfona e cavaquinho, animando as festas com um magnífico forró pé-de-serra. Mulheres guerreiras que cantaram até com o Luiz Gonzaga e Teixeirinha.
O ambiente com uma belíssima decoração foi animado tanto pela melodia das Irmãs Nordestinas quanto pelas apresentações dos alunos: músicas, recital poético, danças e peças teatrais musicalizadas. Tudo sendo saboreado por um delicioso chá servido a todos os convidados e com direito a divulgação na mídia local.














3 - A Escola Dom Malan desenvolveu o projeto “Rio São Francisco: Atendam o meu pedido de socorro”, cujo o objetivo geral foi refletir sobre as diferentes formas de degradação do Rio São Francisco, suas causas e principais conseqüências para a comunidade ribeirinha. De forma interdisciplinar e com o auxilio dos professores da escola, os alunos das turmas do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio produziram panfletos e livrinhos de cordéis, organizaram jograis, recital poético e até peças teatrais alusivas ao tema.
A culminância do projeto foi no pátio da escola num ambiente cheio de trabalhos produzidos pelos alunos, inclusive com a exposição de maquetes e fotos evidenciando as etapas do projeto e com o brilho do professor de matemática da Escola Dom Malan lendo um dos cordéis escrito pelo aluno
Paulo Crecencio da 8ª série do Ensino Fundamental.
Vale salientar ainda que, foi produzido um jornal com os alunos da turma da 7ª série a partir da seleção de diversos textos produzidos por eles , coordenado pela professora Angela Libório. Porém, para que chegasse ao produto final “o jornal”, além dos alunos escreverem muito, também tiveram a oportunidade de ler e analisar outros jornais e visitar a edição de um jornal na nossa região.













Se perceberem, caros leitores, os projetos que lhes apresentei foram vivenciados não apenas com o Ensino fundamental, mas também com o Ensino Médio. E o que me deixou mais emocionada nos trabalhos foi que eles transcenderam as paredes da sala de aula, os muros das escolas e percorreram diversas áreas de nossa cidade, desde as ruas e avenidas movimentadas da Orla Fluvial, na entrega de panfletos e jornais, até a residência de artistas de nossa região, como na entrevista com As Irmãs Nordestinas.

Relembrando essas vivencias, eu só tenho que primeiro parabenizar a todos/todas pela participação no curso e principalmente pela determinação e execução das atividades propostas no Programa Gestar II e segundo, dizer que vocês, professores, são como sementes prontas para germinar bons frutos, por isso continuem semeando boas sementes.

FELICIDADES A TODOS/TODAS!

Prazeres Lima