terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Nunca é tarde para homenagearmos as pessoas que amamos - Josué 64 anos.

No dia 29 de novembro de 1945, nasceu na cidade de Petrolina/ PE, Josué de Souza Lima. Filho do pescador José de Souza Lima e da dona de casa Maria dos Prazeres Lima, tinha 6 irmãos: Toinho, Felipe, João Bosco, Tadeu, Dodora e Dida. Sempre muito brincalhão, não perdia a oportunidade de aprontar as maiores danadices com seus adoráveis irmãos e vizinhos, para a preocupação de seus pais. Sem se preocupar com o perigo, até no Rio São Francisco eles faziam festa.
Certa vez seu irmão Toinho o convidou para brincar de amarrar bode e quase morreu enforcado, ainda bem que sua mãe chegou bem na hora.
Josué, mais conhecido como Zué, como carinhosamente é chamado pelas pessoas mais próximas, cresceu num ambiente onde o amor, a verdade, a união e o respeito ao outro sempre foi mais importante do que as dificuldades financeiras que enfrentavam. Valores esses que foram assimilados na íntegra por ele.
Na certeza de que um dia encontraria o seu grande amor e construiria uma família unida e feliz, foi agraciado por Deus pela beleza de uma jovem chamada Cicera, com quem casou e tem hoje 4 filhas.
Quando sua primeira filha nasceu, moravam num quartinho no muro da casa de sua mãe, não tinham quase nada, nem berço a pequena Prazeres tinha e como Josué sempre foi muito criativo tratou logo de improvisar um lugarzinho para aconchegar sua filha, então com ajuda de sua esposa, pegaram uma caixa de madeira e fizeram tipo uma manjedoura, sendo que forrada com panos. As condições da época não eram as melhores, no entanto nunca deixou faltar o alimento do seu lar. Sempre almejando o crescimento profissional, começou a aprofundar seus conhecimentos, pois a família estava crescendo e não mais poderia sobreviver com o único salário que ganhava. Com o nascimento de sua segunda filha, Jocilene, perceberam que o ambiente estava ficando apertado demais e decidiram encontrar outro lugar para morarem. E nesse tempo, sofreram bastante, porque em alguns lugares que pensavam que daria certo nem sempre dava e aí, tinham que buscar outro melhor. Ao mesmo tempo em que passavam por essas situações, ele, como bom chefe do lar, estudava para tentar ser promovido no batalhão e ainda fazia bicos para que não faltasse a alimentação em sua casa. Quando suas duas últimas filhas nasceram, Joscicleide e Maria José, ele e sua esposa Cícera estavam muito felizes, porque já estavam em sua casa própria, conseguida com muito sacrifício numa seleção de imóveis. E mesmo ainda, tendo que economizar seu dinheiro, as suas filhas já tinham berço e enxoval melhores do que as suas primeiras.
O que Josué não percebia é que a sua dedicação por sua família era observada por todos: parentes e amigos. Que sua dedicação no trabalho e no estudo, foi fundamental para que suas filhas o tivessem como exemplo de perseverança e determinação. Sem que ele soubesse e percebesse, estava sendo e é o orgulho de suas filhas e de sua esposa.
Sua vida sempre foi marcada por grandes acontecimentos, entre os tristes o falecimento de sua mãe e o de seu irmão caçula e entre os alegres, entrar na polícia, o seu casamento e o nascimento de suas filhas.
Sabe o que mais nos encanta no nosso pai? A forma como conduz a sua família. As vezes ficamos horas o observando: a maneira como fala com as filhas, como brinca e briga com seus netos. E por falar em netos... Foram meninas as duas primeiras, Victória e Cinthia. Um avô muito coruja, sempre fez o possível para estar presente nas festividades da escola das netas, já que não teve a mesma oportunidade na fase escolar da infância de suas filhas. Se diverte com as coisas que fazem e as admira demais. Quando Victória nasceu, se emocionou ao pega-la pela primeira vez e não sentia vergonha de ir ao quarto beija-la enquanto dormia. Quatro meses depois chegou Cinthia, pronto a besteira estava completa, tinha que dividir o amor entre duas meninas. Em suas brincadeiras com os colegas, dizia que tinha 5 mulheres, a esposa e 4 filhas, isso antes do nascimento das netas, porque após a chegada delas aumentou a quantidade de mulheres na sua vida. Por tratar seus genros e futuros genros com respeito e atenção, tornou-se um segundo pai para eles, principalmente quando precisa dar conselhos e chamar a atenção deles sobre algo que não concorda. A chegada do seu terceiro neto, foi marcada de grandes surpresas, primeiro porque chegava a família um rapazinho, o Victor Rafael, e segundo porque alguns dos seus traços estão presentes no seu neto, como por exemplo, as prezepadas de criança, o jeito de andar e até a maneira de querer ajudar o próximo.
Esse ano a nossa família passou por mais um problema, nossa mãe adoeceu e chegamos até a pensar que iríamos perdê-la. Foi muito complicado para nós, vermos nossos pais sofrendo, nossa mãe no hospital e nosso pai tentando ajudá-la de todas as formas. Mas tudo que passamos foi proposto por Deus para que percebêssemos se o que eles nos ensinaram, tínhamos aprendido direitinho, ou seja, vocês nos ensinaram que quando amamos alguém devemos lutar por esse amor, que enquanto houver uma esperança de vida e Deus na família, há união, há companheirismo e há a certeza de que dificuldades existem, mas quando juntos enfrentamos com perseverança e Deus no nosso meio, vencemos a batalha.
Na verdade se fôssemos relatar tudo que lembramos da vida de seu Zué daria várias edições de livros, pois cada pessoa que teve a oportunidade de conhecê-lo tem uma história interessante a contar. No entanto, algumas coisas concordamos com Josué: que ele adora ouvir musicas sertanejas, que não se arrepende das coisas que fez, que é uma pessoa honesta e não sabe mentir.
Pai, hoje estamos reunidos para te dizer que és como uma pedra preciosa que brilha na vida da gente em todos os momentos. Que o teu exemplo de vida, de ser humano que és, poucos tem. Que o teu amor, a tua honestidade e teus bons ensinamentos que junto com a nossa mãe, ao longo desses anos, nos transmitiram, serviram para que pudéssemos ser essas mulheres determinadas e sucedidas que somos e que tanto vocês sonharam em formar.
Por isso, escolhemos esse dia tão especial, a data do seu aniversário, para prestar a nossa homenagem ao senhor que é para nós um exemplo de pai, amigo e companheiro.
Deus lhe dê muitos anos de vida! Parabéns!




Cicera, seu grande amor.

Filhas: Prazeres, Joice, Joscicleide e Maria José (da esquerda para direita da foto) e sua esposa (do lado esquerdo de Josué).

Seus netos: Victor Rafael, Victória Letícia e Cinthia Rafaela.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ENCERRAMENTO DO PROGRAMA GESTAR/2009 EM PETROLINA/PE

EXPETACULAR!
Muito encanto, leitura e produções no encerramento do Programa Gestar II, em Petrolina-PE, que aconteceu no dia 04/12/2009. Os formadores de Língua Portuguesa e Matemática organizaram uma exposição de trabalhos desenvolvidos durante as oficinas do Gestar nesse ano (2009). O objetivo desse encontro foi apresentar os frutos do Gestar. Frutos esses, brotados da persistência, dedicação e amor a educação.

O ambiente estava encantador! Muitos trabalhos belíssimos e ricos de conhecimentos estavam expostos nos corredores do Centro de Convenções enquanto dentro de um dos auditórios, diga-se de passagem um dos maiores, professores tiveram a oportunidade de apreciar os projetos exitosos desenvolvidos durante a aplicação das atividades do Gestar na escola.
Ao todo foram apresentados 18 trabalhos sendo que a maioria de Língua Portuguesa. Na ocasião, algumas apresentações culturais, também frutos do gestar, abrilhantaram o momento.
Lamentamos a ausência dos nossos formadores da UNB, que infelizmente não puderam estar presente devido a conclusão do curso em outro estado e de alguns amigos nossos, também formadores do estado de Pernambuco, que não chegaram a tempo devido ao equívoco da informação da data, passada por nós.
Obrigada a todos que levaram a sério o trabalho, mesmo tendo que enfrentar inúmeros desafios e, também, por acreditar que nós fazemos a diferença quando nos propomos a fazê-la.
PRAZERES LIMA

Aconteceu no dia 12 de novembro de 2009.

No dia 12/11/09, aconteceu o último encontro do Gestar.
Esse dia foi dividido em dois momentos: no primeiro, estudamos as unidades 5 e 6, do TP2. No segundo, escolhemos o melhor trabalho desenvolvido durantes as oficinas para ser apresentado na exposição que estávamos organizando e realizamos as homenagens aos nossos colegas.


PRIMEIRO MOMENTO


O trabalho com o TP2 tinha como eixo temático “A análise lingüística”. Ao final das reflexões dessa oficina, esperei que os meus cursistas fossem capazes de:
1- caracterizar a gramática interna e o ensino produtivo;
2- caracterizar a gramática descritiva e o ensino reflexivo;
3- caracterizar a gramática normativa e o ensino prescritivo.
Iniciamos com o seguinte questionamento reflexivo:
• Que conceito você tem de gramática?
• Você trabalha com gramática?
• Que estratégias emprega no ensino de gramática?
Logo após, ampliamos nossas referencias, ao realizarmos a Leitura e discussão do texto “Questões ligadas ao ensino da gramática”, páginas 36 e 37.
Concluímos esse primeiro momento com a análise de uma sequencia didática, na qual percebíamos a abordagem da análise lingüística.
Foi maravilhoso esse momento, porque juntos refletimos sobre como devemos trabalhar a gramática: descritiva, normativa e internalizada.





SEGUNDO MOMENTO

Esse momento foi marcado por grandes surpresas. Ao retornar do longo intervalo, as cursistas organizaram o ambiente, passei o vídeo “Capturando vento” e entreguei a cada um, um potinho com “o melhor de mim” (assim como nossa doce Isabel fez conosco no último encontro em Gravatá), em seguida falei algumas palavras e fui surpreendida pela turma com homenagens.
Foi tão lindo! Naquele momento pude sorrir com mais entusiasmo, porque percebi que tinha realmente cumprido a minha missão.
Fiquei impressionada com a turma, pareciam ter combinado com antecedência o que fizeram com tanto carinho e dedicação.
Algumas professoras recitaram poemas escritos por elas, cantaram músicas, fizeram-me ouvir músicas e até presente ganhei!
Depois desse momento recheado de muita emoção, escolhemos o projeto que seria apresentado no Centro de Convenções e decidimos, também, o que iríamos expor no nosso stand.
Saímos de lá com a certeza de que:
· Muita coisa aprendemos;
· Amizades construímos;
· Valeu a pena fazer o GESTAR.








Dinâmica do potinho



Ganhando presente...rsrs




Apreciando as apresentações culturais


domingo, 6 de dezembro de 2009

MINHA AUTOAVALIAÇÃO


Mabel de Melo Cavalcanti – cursista do GESTAR II, Petrolina/PE
“Já comecei a colher frutos do meu trabalho, de forma tímida, porém qualquer melhora na aprendizagem do meu alunado é uma grande alegria. E eu festejo isso, afinal de contas, nenhuma mudança se dá da noite para o dia, até porque eles mesmos estavam muito habituados a tomar o ensino de gramática como o de língua portuguesa.”
Karla Fraciê
É interessante essa questão da timidez, porque nesse exato momento recordo do primeiro encontro com os colegas formadores do Gestar, o quanto estava tímida, quieta e posso dizer até, que estava insegura, mas com o passar do tempo fui observando que poderia crescer com esse trabalho, que a minha vida profissional não seria mais a mesma. E que a busca incessante por novos conhecimentos não poderia parar. Concordo com a professora cursista Eliane de Fátima Carvalho de Sá, quando diz:

Confesso que não foi fácil, porém está sendo maravilhoso, porque o grupo de formadores do nosso município é muito unido. Nós planejamos juntas as atividades e os encontros. Trocamos as experiências das turmas do Gestar, as angústias e as alegrias. E essa interação constante com os amigos professores e a troca de informações com os nossos formadores da UNB nos dar uma segurança inexplicável. O querer aprender e o querer transmitir o que aprendemos devem estar em consonância com os objetivos educacionais.

“Tudo na vida exige uma preparação. E o professor só conseguirá fazer com que o aluno aprenda se ele próprio continuar a aprender. Não se admite mais um professor mal formado ou que pare de estudar.”

Fabielena Valgueiro Diniz

É preciso sentir a mudança assim como expressaram as professoras cursistas em seu memorial:
“Sinto-me nesse exato momento uma nova professora.”
Francy


“(...) o Gestar II está contribuindo para minha reflexão e renovação da prática pedagógica. Renovação dos sonhos!”

Maria Geusinha Nunes Sobreira
E o Gestar tem proporcionado essa mudança, afirma a professora Kátia Gomes:
“O gestar tem proporcionado ricas explanações sobre conceitos tão presentes em nosso cotidiano escolar, mas que de certa forma, traz uma nova roupagem e nos faz ter um olhar mais crítico e aguçado para um desempenho melhor em nossas aulas.”

E é nessa ampliação de saberes que nos encontramos: formadores e professores cursistas/ professores e alunos.

“O GESTAR II amplia visões e desperta saberes. Nós professores, fazemos parte da história de nossos alunos, por isso temos que buscar a superação a cada dia, a encontrar meios que facilitem a aprendizagem de nossos alunos.”

Eugênia Cátia Paixão Novaes

Segundo a professora Maria de Lourdes dos Santos Silva, o GESTAR veio proporcionar aos professores de Língua Portuguesa a oportunidade de aperfeiçoar os conhecimentos e metodologias sobre o ensino nessa área.

Nesses relatos, percebe-se quão grande está sendo o programa Gestar para esses educadores e isso, traz uma satisfação enorme para mim, porque observo que minha atuação como formadora tem contribuído de forma significativa nesses avanços didáticos metodológicos.

Na turma em que ministro as oficinas há professores com mais anos de experiências de magistério do que eu, no entanto a sede de aprender a cada dia é constante. Afirmo isso, porque acompanho passo a passo meus cursistas, auxiliando-os desde a organização do portfólio até a organização das oficinas ministradas por eles. E a cada encontro avaliamos o resultado das oficinas aplicadas nas escolas. É maravilhoso e dar muito trabalho! Esse acompanhamento mais próximo, permite participar de forma interativa e interventiva (quando necessário) das práticas pedagógicas dos professores e também, não atrasar a entrega dos trabalhos/relatórios solicitados pela minha formadora da UNB, Isabel Cristina.

A professora Elaine Kuskoske comenta:

São notórias essas pessoas descritas por Elaine. A turma é composta por 42 professores e eles são motivados e tem muita sede de aprender.

Vejamos outros relatos que comprovam o que foi abordado anteriormente:

“Apesar de estar a 25 anos em sala de aula, vejo que tenho muito que aprender. Aprender para melhor ensinar, pois a tecnologia está muito avançada e temos que caminhar todos juntos de olho no futuro, com sua realidade de descobertas e de destruição ,mas jamais deixar de sonhar ,criar e idealizar um mundo melhor, mesmo que esse mundo ideal seja em textos produzidos por nossos alunos .Pois sonhar nunca é demais...”

Ana Célia de Castro Alves Miranda
“Percebo que além do encantamento necessário para lidar com vidas, com sonhos, com superação de dificuldades (digo isto com propriedade de conhecimento) é necessário a apropriação de novos conhecimentos, nas tecnologias que antes passavam despercebidas.”
Maria Madalena Paixão dos Santos Cabral.

Muitas são as dificuldades que nós, educadores, sofremos, porém nunca deixamos de sonhar. E o melhor dos sonhos é ver os nossos alunos aprendendo o que lhe ensinamos. Sonhamos com um futuro melhor para todos.
Alderiva Maria de Oliveira Souza
E a leitura deve estar presente na sociedade, mas não a leitura como pura decodificação de letras e palavras, mas como compreensão. Leitura com significado. Durante a formação continuada do Gestar, percebi que precisávamos ler muito mais do que as referências bibliográficas apresentadas nos TPs. Então, o grupo de formadores de Petrolina, buscou ler outras fontes bibliográficas.

Diante do exposto é que refletimos nossa prática pedagógica: estamos sendo um profissional ideal? Talvez não encontremos a resposta para esse questionamento, mas a professora Maria Selma de Brito, em suas reflexões pedagógicas encontrou a resposta ideal para sua inquietação:
“Hoje, se eu pudesse voltar no tempo... Que profissão escolheria? Sim! Sim! Sim! Seria professora!”

O importante é que reflitamos sempre nossa prática e possamos sonhar com um mundo novo, um mundo melhor. Assim como a professora Maria das Graças Fortaleza comenta:
“Haverá um novo mundo, quando todas as pessoas souberem ler e escrever; quando as pessoas que souberem ler se puserem a ler e daí passarem a sonhar com um novo mundo e todos lutarem por esse mundo melhor.”
É preciso traçar metas na nossa vida e buscar concretizá-las. Pensando assim, tracei metas na minha vida profissional e estou conseguindo concretizá-las. Sou uma educadora determinada e viso sempre o melhor tanto para meu aluno quanto para mim, como muitos profissionais competentes que conheço.
Sinto-me como uma semente, como comentei no inicio desse texto, pronta para germinar a cada dia, a cada amanhecer e faço minhas as palavras da professora cursista Jaqueline Ventura Ferreira:
“(...) é da semente que se germina, é da germinação que se cresce, é do crescimento que se floresce; é do florescer que se frutifica; foi e é deste processo que me fiz e me faço a educadora que sou. E a cada amanhecer e anoitecer agradeço a Deus por tudo que conquistei e conquisto em minha vida, pois tenho em minhas mãos o compromisso de educar cada vez melhor.”

E ao realizar minha autovaliação, percebo que minha nota não poderia ser inferior a 10.