sexta-feira, 12 de agosto de 2011

RECURSOS E MULTIMEIOS NA ESCOLA: UMA BREVE REFLEXÃO

Por: Clecia Simone G. Rosa Pacheco
Drª em Educação - UCSF/Argentina; MSc. em Educação - UI-Lisboa/Portugal
Profª/Pesquisadora do Inst. Federal de Educ. Ciênc. e Tecnol. do Sertão Pernambucano- IF


Sabemos que a realidade escolar brasileira não é das melhores se compararmos à realidade de outros países latino-americanos e, principalmente, se tentarmos comparar à educação em países desenvolvidos.

As escolas sejam elas da rede publica ou privada, vivenciam dificuldades, que poderiam superar se houvesse, por parte do governo, uma política inclusiva, em relação aos recursos necessários a uma escola.

Ainda, no mundo globalizado que vivemos, encontramos escolas sem a menor possibilidade de oferecer aos seus alunos, um dia-a-dia educacional digno, por não ter os recursos que gostariam de ter, como exemplo, uma TV, um vídeo, um radio (som), computadores com acesso a internet, etc..

Mas o que faz com que algumas escolas em varias partes do Brasil, ainda vivenciam essa situação? Esse é um, dos vários questionamentos que fazemos. São vários os caminhos que nos levam as possíveis respostas.

Sabemos que, em se tratando de escolas publicas, a defasagem perpetua-se por não ter recursos suficientes do governo responsável, para investir nestes recursos multimeios. Existem escolas que têm o computador, porém, não é utilizado, pois, o acesso a internet, isto é, os custos, vão onerar os recursos parcos da escola.

Nas escolas particulares, muitas delas, ainda no inicio da sua carreira, convivem desde já, com a questão da inadimplência, e acaba por não ter condições financeiras suficientes para adquirir esses recursos. Se essas escolas tivessem um incentivo junto ao governo, por exemplo, um financiamento para a aquisição de computadores, de TVs, vídeo, etc., com certeza melhoraria muito o índice e a qualidade de educação.

Segundo, Gilson Fais, em Educação e Tecnologia, a tecnologia é excludente. Mas, quando é que a educação tecnológica demonstra esse caráter excludente?

Obviamente, nós brasileiros, não temos todas as escolas decadentes, isto é, 100%, mas, uma grande maioria que se localizam nos lugares distantes dos grandes centros do país, nas favelas, nos interiores de alguns estados, etc.

Porém, por não ser todas as escolas decadentes de multimeios, naturalmente há a desvantagem dos alunos das escolas sem recursos multimeios, pois aquelas escolas que possuem e utilizam os multimeios, os seus alunos se sobressaem, são mais inteirados com as noticias atuais, são mais informados, trocam informações com outras pessoas, etc..

Dessa forma, fica comprovado que a tecnologia é excludente, e aquelas que têm acesso a ela, conseguem melhor se destacar, pelo fato, desta facilitar a visualização de textos, fatos, notícias, interações, diversão, jogos educativos, entre tantas outras vantagens.

Temos convicção que nem todos os programas que encontramos no computador é essencial para ser usado; temos sites educativos que são valiosos, porem, a seleção de material dependerá de metodologia do professor. É por conta disso que o professor precisa estar atento para o uso dos multimeios (saber selecionar o filme, a musica, a informação), contextualizando, para que no final possa servir de aprendizado para o aluno, e para que o mesmo saiba fazer a relação dos fatos locais e globais.

O aluno também precisa ter consciência do “porque”que levou o seu professor a utilizar determinado filme, ou musica, ou poesia, ou texto informativo, entre outros, para que ele sinta a relevância de fazer tal atividade, não esquecendo que, quanto mais dinâmica for a atividade, maior será o empenho do aluno em resolve-la.

Sendo assim, fica evidente a importância dos recursos de multimeios para a comunidade escolar, visto que, através do seu uso, facilitará o aprendizado dos alunos, instigará o aluno a refletir temas transversais, que são discutidos e podem ser visualizados por meio do filmes e, poderá incentivar os alunos a buscarem abrir uma discussão sobre as possíveis soluções de alguns problemas vivenciados em nossa sociedade, como doenças, drogas, questões ambientais, etc..

Portanto, é fundamental saber selecionar e utilizar os recursos de multimeios, para mostrar a importância dos fatos e acontecimentos aos nossos alunos, despertando neles um espírito critico/construtivo, porque eles sim, serão os futuros cidadãos do amanha, conscientes ou não, só depende de nós...EDUCADORES.





Referencias Bibliográficas

BARBOSA, Luara Monte Serrat. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. Temas Transversais: uma interpretação e sugestão para a prática. Curitiba: Bela Escola, 2002.

FAIS, Gilson. Educação e Tecnológica: o mito da inclusão digital. In: http://www.meritu.com.br/news/php. Acesso em 27/07/2004.



RESENHA DO TEXTO: PROJETOS NA ESCOLA E ALGUNS DOS SEUS DILEMAS QUE ELES ENVOLVEM

Por: Maria dos Prazeres F. L. de Macedo

Graduada em Letras - Português/ Inglês e pós-graduada em Língua Portuguesa, pela FFPP/PE;
certificada no curso de extensão Gestão da Aprendizagem Escolar II - Língua Portuguesa, pela UNB/DF; concluindo Pós - graduação em Gestão Escolar, pela Faculdade INTA/PI.



RESENHA DO TEXTO
NOVAIS, Vera Lúcia. Projetos na escola e alguns dilemas que eles envolvem. São Paulo, PUC-SP, 2004.

RESUMO DO TEXTO
O texto “Projetos na escola e alguns dilemas que eles envolvem”, foi produzido para o Curso Gestão Escolar e Tecnologias, pela mestra e doutoranda em Educação e Currículo – PUC-SP; Bacharel e Licenciada em Química – USP. Autora; Consultora em Educação, Vera Lúcia Duarte de Novais.
Escrito em quinze páginas, o texto foi dividido em quatro subtemas: a) O que há por trás da ideia de projeto; b) A implementação de projetos na escola; c) A intenção e engajamento transformam um projeto pouco pretensioso em alavancar para a inovação; d) A escola, seus projetos e a importante transformação do chefe maestro que organiza e afina a orquestra.
Esses subtemas nos remetem a um olhar amplo sobre a importância da elaboração e execução de projetos escolares, onde o papel do coordenador/líder é fundamental na mediação das etapas vivenciadas pelo grupo.

INTRODUÇÃO
A princípio, embora a etimologia da palavra “projeto”, apresentado pelo/no texto, possua vários significados que podem ser empregados em variadas situações e diferentes contextos, a ênfase dada é a ideia mais comum, que é o sentido de desejo, intenção, de referência a alguma coisa almejada dentro de uma instituição escolar. Para autora, quando falamos de projetos no contexto escolar, devemos iniciar por considerações filosóficas, visto que, “tudo isso é mais complexo, pois passa pela necessidade de articular desejos e interesses de natureza individual com os de natureza coletiva (...) e interesses de outros grupos da sociedade em que se inserem”.
Nos parágrafos seguintes, Vera Lúcia aprofunda a temática instigando o leitor a perceber que professores e coordenador e/ou gestor devem investir em projetos educativos que, de fato, promovam a reflexão – ação – reflexão e, não apenas, fiquem na reflexão e análise de suas inquietações. Propõe, ainda, a implementação de projetos pedagógicos com etapas de trabalho bem definidas, que envolva o coletivo e que tenha a frente da coordenação um líder/coordenador disposto a conduzir de forma harmônica as possíveis situações (positivas e negativas) que surgirão no processo da execução do projeto.
A discussão sobre projetos não é nova e, a proposta de se trabalhar com eles é justamente a de proporcionar um ambiente favorável ao saber. E como profissionais da educação, quando pensamos numa sala de aula, buscamos logo as soluções que sejam mais interessantes e viáveis para que os alunos tenham interesse e participação quanto aos conteúdos abordados.
É importante que o professor promova espaços para pesquisas, discussões em grupo, montagem de painéis referente aos temas, maquetes, enfim, tudo aquilo que se tornar centro de interesse dos alunos, podendo aprofundar o estudo e o conhecimento a cada dia. Para isso, faz-se necessário a implementação de projetos educacionais com etapas estabelecidas no coletivo, como propõe Vera Lúcia, entre elas: a seleção da questão que se quer enfrentar ou solucionar; a relação e sequenciação das atividades a serem desenvolvidas com objetivos propostos; o detalhamento de vários aspectos envolvidos nas atividades; o estabelecimento de um cronograma situando as atividades ao longo do projeto e, também, os registros de cada etapa e a avaliação durante todo o processo.
Um grupo ativo, motivado e envolvido produz muito mais do que os acostumados à passividade. Esse é outro fator importante chamado de engajamento de grupo. Quando a autora aborda esse ponto, menciona o coordenador e/ou gestor como mobilizador (es) de ações em torno de novas questões, de incentivações no âmbito escolar diante de novas conquistas e de discordâncias, inevitáveis ao longo do processo. É fundamental que o coordenador/gestor lidere um percurso diferenciado, isto é, não ouça, apenas, a queixa de seus professores, mas também proponha ao grupo que comece a elaborar um projeto para reverter o quadro insatisfatório apresentado.
Diante do exposto, percebe-se que as mudanças na conjuntura mundial, com a globalização da economia e a informatização dos meios de comunicação, têm trazido uma série de reflexões sobre o papel da escola dentro do novo modelo de sociedade, desenhado nesse final de século.
Uma escola mais eficaz requer avaliação constante de resultados obtidos, o estabelecimento de critérios, de ajustes, feitos em sucessivas etapas, o que implica em negociação entre seus membros. No entanto, o papel daquele que lidera um projeto educativo é afastar-se do velho modelo burocrático de chefe, semeando um clima de confiança, aguçando seus sentidos, sua intuição e sua sensibilidade. Ele deverá liderar como um maestro, que segundo Vera Lúcia, “(...) vai além de conseguir que cada membro da orquestra dê o melhor de si, seja capaz de fazer com que todos atuem sinergicamente.”

OPINIÃO SOBRE O TEXTO LIDO
O texto “Projetos na escola e alguns dilemas que eles envolvem”, é um excelente suporte pedagógico para professores e coordenadores/gestores, de escolas públicas e particulares, que sentem a necessidade urgente de re-significar o espaço escolar, de modo que ele possa, efetivamente, estar voltado para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, cidadãos atuantes e participativos, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e às múltiplas dimensões.
Em todo esse processo, as convicções iniciais vão sendo superadas e outras mais complexas vão sendo construídas. As novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de conhecimento dos alunos e vão servir de conhecimento prévio para outras situações de aprendizagem.
Nessa perspectiva, abordada por Vera Lúcia, no âmbito educacional, o conceito de gestão vai além da gestão administrativa. Está associado ao fortalecimento da democratização da escola, pois procura estimular a participação de diferentes pessoas, articulando aspectos financeiros, pedagógicos e administrativos, um paradigma que estabelece uma orientação transformadora na busca da promoção de uma educação de qualidade.
Sob essa ótica, o líder escolar tem características e exigências próprias. Abrange o exercício do poder, incluindo tomadas de decisões, planejamento e a avaliação dos resultados alcançados.
O líder deve estar atento aos aspectos pedagógicos, aos problemas de aprendizado para ajudar o professor a encontrar as melhores estratégias de ensino.
Assim, o projeto educacional é o caminho para transformar o espaço escolar em um espaço aberto à construção de aprendizagem significativa para todos que dele participam.

VOLTANDO A POSTAR MEUS TEXTOS


Hoje, sobrou-me um tempo para (re)visitar o meu blog e para minha surpresa ele já foi visitado por mais de mil pessoas. Não consigo descrever aos leitores a felicidade ao ver o número de acessos, o quantitativo de amigos blogueiros que estão me seguindo e, principalmente, os comentários deixados por pessoas que tem um olhar amplo na área educacional.Para alguns, o quantitativo é insignificante, mas para mim, representa muito, pois a príncipio essa página foi construída atendendo a solicitação de minha adorada mestre Isabel Cristina, a quem carinhosamente, chamo de Bel ou Belzinha.
Recordei ao entrar na página de uma situação bastante engraçada e gostaria de compartilhar com vocês. No início,como já comentei, fiz o blog porque precisava ser avaliada por Bel, mas foi um trabalho danado! (risos)Passei horas tentando postar um dos meus relatórios. Na verdade tentei cinco vezes, como não obtive sucesso, desisti para que no dia seguinte tirasse as dúvidas com a Bel. Percebendo que eu não era a única que estava com dúvidas, Bel foi explicar na turma o passo a passo de postagens e decidiu pegar como exemplo o meu blog em construção. Quando ela abriu a página, falou com muito entusiasmo e com um sorriso lindo: "Olha só Prazeres, cinco pessoas já acessaram seu blog. Que coisa boa!" Dei um sorriso sem graça, pois o que ela não sabia era que essas cinco pessoas era só uma... eu, que passei horas tentando postar.
Essa história hoje serve de piada entre o grupo de amigos. E é muito bom relembrá-la. Sorrir e ter a certeza que hoje, meus relatórios, textos e tudo que foi/será postado foi/será apreciado por alguém, tão importante para mim quanto você que acabou de ler e perceber na prática o porquê da temática do meu blog ser "Escrever é como brincar com as palavras."