A ação de mudar é algo que
exige do ser humano uma reflexão crítica sobre sua ideologia, cultura, valores
e crenças. Por isso, quando falamos em mudanças no sistema de ensino,
ressaltamos a importância de se pensar numa educação pautada num ensinar que
crie possibilidades para construção e produção do conhecimento e não apenas para
a transmissão de conhecimentos. Noutras palavras, os estudantes precisam ter a
oportunidade de serem pensadores e não repetidores de informações. Porém, para
que isto de fato ocorra, é necessário que primeiro, o gestor compreenda que ele
tem o papel importante na orientação e gerenciamento da aprendizagem, ou seja,
cabe ao gestor implantar um modelo de Neuroeducação com foco na
Neuroaprendizagem. Segundo, é necessário que tanto o gestor quanto os demais
profissionais da educação, compreendam que o sucesso na vida escolar,
profissional e pessoal está interligado ao nosso entendimento sobre as bases do
aprendizado; isto significa, que todos precisam entender como o cérebro forma
conexões novas e forma as memórias. A Neurociência, possibilita essa
compreensão, pois o desenvolvimento cognitivo é uma realidade científica
comprovada por inúmeras pesquisas e é, através desse conhecimento que
entendemos as várias formas de como o cérebro funciona, se desenvolve, se forma
e como faz de nós o que somos.
A Neuroeducação é um campo ainda jovem e
interdisciplinar que possui como fio condutor as três áreas estruturadoras: a Neurociência,
a Psicologia e a Educação para criar melhores métodos de ensino e currículos.
Segundo as pesquisas, a Neuroeducação pode contribuir
para a transformação de escolas eficazes, pois esse campo além de informar os
educadores sobre as melhores estratégias de ensino e de aprendizagem, através
do uso das descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da
Neurociência Cognitiva, a Neuroeducação busca fazer com que esses educadores
compreendam quais e como os distúrbios e doenças nervosas e mentais podem
afetar no aprendizado dos estudantes; bem como, colaborar com outros
profissionais para ajudá-los a identificar problemas em sala de aula, de modo a
enfrentá-los com novos métodos de educação especial para a inclusão social dos
estudantes.
É importante ressaltar que, a eficiência das
estratégias de aprendizagem estão relacionadas com as condições internas do
aprendiz, isto é, refere-se à capacidade do
indivíduo de conhecer a si mesmo, controlar suas emoções, administrar seus
sentimentos, projetos; podendo assim, construir um modelo de si mesmo e
utilizar esse modelo a favor de si na tomada de decisões; bem como, de sua ação
e interação com os demais sujeitos e com os objetos pedagógicos.