terça-feira, 22 de setembro de 2009

PRODUÇÃO DE TEXTOS ARGUMENTATIVOS

Produzir ou não textos argumentativos, eis a questão! Até os dias atuais alguns dos professores de língua portuguesa fazem esse questionamento, por inúmeras razões: desinteresse do aluno em escrever textos, principalmente argumentativos; por associar este tipo textual somente a textos científicos e acadêmicos; por não saber como ensiná-los, ou seja, por diversos percalços que estão presentes na sua prática docente. Sabendo dessa realidade, a oficina “Produção Textual”, foi organizada de maneira bem interativa, tendo com ponto de chegada:
1 - apresentar elementos de reflexão e estratégias relacionados ao planejamento de textos.
2- identificar estratégias que podem ser utilizadas para o planejamento e a escrita de textos.
3- desenvolver atividades de planejamento e escrita, considerando a construção e revisão textual.
4- identificar parâmetros de avaliação e ações necessárias ao desenvolvimento da etapa de revisão.
5- identificar os elementos necessários ao desenvolvimento da etapa de edição.
6- produzir atividades de revisão e de edição da escrita para seus alunos.

• No primeiro momento, os cursistas leram e compreenderam um trecho do texto de Moacy Scliar “A primeira cartilha” e logo após receberam a proposta para escreverem numa folha de ofício sobre uma experiência engraçada da sua vida de estudante. Essa dinâmica possibilitou o entendimento sobre uma das estratégias de escrita: “brainstorming”, já muito conhecida e utilizada, a produção de anotações, resumos, parágrafos iniciais, etc.
• No segundo momento, tiveram que seguir algumas orientações sobre a escrita. O objetivo dessa dinâmica era fazê-los passar por todas as etapas do processo de composição textual: planejamento, revisão e edição.
• No terceiro momento, as etapas do processo de composição pelas quais passaram foram percebidas e tornaram tema de discussão. Foi maravilhoso! Os professores observaram que a produção textual tem como trabalho central a escrita do texto e que todas as etapas estão interligadas, mas podemos ensinar nossos alunos que durante a escrita podem planejar novamente e revisar o que escreveram, dialogando com seu texto, fazendo perguntas ao seu texto como as indicadas por Calkins (2002: 166 e 167): “O que eu disse até agora? O que estou tentando dizer? Será que eu gosto do que escrevi? O que é tão bom aqui, que eu possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar? Como meu texto soa? Como parece? O que meu leitor ou leitora pensará, quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão? E o que farei a seguir?”
• No quarto momento, para a surpresa de todos, seus textos tiveram que passar por uma correção. Em dupla houve troca de textos e tiveram que se posicionar como professores corrigindo as produções de seus alunos. Magnífico! Pois entenderam que há tipos de correção: indicativa, classificatória, resolutiva e textual-interativa e a partir daí, analisaram qual comumente utilizam em sala de aula.
• Para finalizarmos a oficina, refletiram sobre a diferença entre: corrigir e avaliar, redação e produção, analisaram as atividades do TP6, unidades 21 e 22, e selecionaram um dos avançando na prática das unidades trabalhadas para ser aplicado com a turma em que está desenvolvendo as oficinas do Gestar.
Acredito que os objetivos foram alcançados, pois os professores que ali estavam, saíram com a certeza que:
• Cabe ao professor não somente preparar o aluno para a produção de textos, garantindo o conhecimento sobre o tema a ser desenvolvido, mas que ele deve privilegiar o aprendizado relacionado aos procedimentos de produção, seja por exemplo próprio, seja por outro tipo de exemplificação.
• O professor é aquele que constrói andaimes que vão sendo utilizados e internalizados pelos alunos.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O poder da argumentação

Autora:Prazeres Lima


Quantas vezes você já ouviu ou proferiu a expressão “o poder da argumentação”? É bem provável que inúmeras vezes. No entanto, é incrível como a palavra “argumentação” nos faz lembrar textos acadêmicos e científicos, não é mesmo? Talvez por associarmos “apenas” o verbete a defesa de uma tese, mesmo sabendo que este significa apresentar fatos, idéias, razões, provas, etc. que comprovem uma afirmação e, também, que é possível encontrarmos nos diversos gêneros textuais a argumentação.
Para tornar uma oficina prazerosa, iniciei com um pequeno vídeo “Mudanças e atitudes”. Lindo! Que apresenta um poder de argumentação incrível! E após refletirmos sobre o mesmo, a professora cursista Ivonete, da Escola Padre Luiz Cassiano, pediu para ler para os colegas um texto humorístico, que havia recebido de uma de suas alunas: Contrato Único. Foi fantástico, porque ao mesmo tempo em que a professora lia, ela encenava, tornando-o mais engraçado. Após esse momento de descontração, as professoras receberam um desafio em grupo: fazer uma propaganda a partir do objeto que lhes foi entregue, entre eles: capacete, caixas de creme dental, chaveiro, bolsa, fósforo. Exceto um dos grupos, que recebeu a missão de escrever um texto informativo sem a utilização de objetos, cujo tema era calvície. Os textos além de criativos tinham que apresentar argumentos que comprovassem a veracidade de sua tese. E o que mais chamou minha atenção nas apresentações foi a espontaneidade das professoras, pareciam “garotas propagandas”.
A partir dessa dinâmica, realizamos a explanação dialogada sobre a argumentação, onde relembramos, a princípio, o significado da palavra, a diferenciação de tese e de argumentos e analisamos como trabalhamos com esse conteúdo na sala de aula.
A reflexão de nossa prática pedagógica foi bem discutida, visto que, algumas das atividades do TP6, unidade 21, vivenciadas na oficina propiciou a/o:
¬ Identificação de marcas de argumentatividade na organização dos textos;
¬ 2- Identificação e análise de diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
¬ 3- Reconhecimento da qualidade da argumentação textual.


Nossa, falar a verdade é preciso!
Pense numa oficina bem legal e descontraída!




“Essa oficina só veio acrescentar informações precisas para o nosso planejamento, pois esta semana estávamos na escola analisando as OTM (Orientações Teórico-metodológicas) e discutindo como trabalharíamos a argumentação com as turmas do Ensino Fundamental II. Agora percebemos que o nosso pensamento estava/está correto: Podemos utilizar diversos gêneros textuais para trabalhar a argumentatividade. E isso é maravilhoso!”


Professora Kátia, da Escola Antônio Padilha